Como os problemas emocionais transformam-se em doenças físicas?
- RUBEM VIANA
- 23 de set. de 2020
- 2 min de leitura
A ideia de que fenômenos emocionais levam a alterações físicas é antiga. Em 1628, o anatomista inglês William Harvey (1578-1657) observou que todo mal-estar sentido na mente era direcionado para o coração.
Hoje se sabe que o inconsciente interpreta e responde ao que chega ao cérebro por meio das terminações nervosas do corpo. É o que acontece quando levamos um susto, por exemplo. Contra uma possível ameaça, o cérebro dispara reações para enfrentá-la ou fugir dela.

O coração acelera os batimentos para redistribuir o sangue para os músculos correrem ou lutarem e para o cérebro processar com rapidez toda essa situação. É por isso também que, para oxigená-los, a respiração fica mais rápida. É o chamado estresse, que envolve o sistema nervoso, hormonal e imunológico.
Sem a fonte estressora, o corpo volta ao normal. Mas em caso de estresse permanente as coisas se complicam: Os órgãos podem se esgotar, adoecer e o sistema imunológico tem sua ação inibida, facilitando o aparecimento de asma, alergias, gastrite, infecções e problemas cardíacos. Desta forma o corpo que adoece é na maioria das vezes também o lugar dos sintomas emocionais, assim nem tudo que adoece em seu corpo tem causa física e biológica, pode ter também causas emocionais e psicológicas.
Isso não significa que o problema não existe ou que pode ser "coisa da sua cabeça" como se diz por aí, mas que o cuidado e o tratamento será outro. Os transtornos e as dificuldades emocionais existem tanto psicologicamente como aparecem também no corpo e devem ser tratados com importância e responsabilidade.
As doenças mentais, ou as dificuldades e problemas emocionais não são "frescura" ou coisa de gente rica, todo mundo independente do gênero da orientação sexual e da classe social adoece, mesmo que de forma diferente.
Fonte: O galileu
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